"Para o invejoso e o ciumento não há
repouso: estão sempre excitados pelo
desejo: O que eles não tem causa-lhes insônia."
Fénelon, Lião,1860
O Evangelho Segundo o Espiritismo,
capítulo 5, item 23.
Cada instante que nos distanciamos das leis naturais da vida damos um passo para a enfermidade. A doença é o resultado de um processo..
O ciúme é o reflexo do afeto perturbado pelo instinto de posse e quando cultivado em séculos de renitência no amor-próprio, fatalmente vai desarticular o campo mental, adoecendo-o com quadros de insegurança e medo, culminando em diversas doenças que lotam hospitais no mundo inteiro.
Quase sempre, por trás deste vício afetivo, vamos encontrar o receio das perdas a limitar corações emocionalmente imaturos nas tormentas da mágoa e da cautela excessiva. Diante do medo da perda a pessoa torna-se apegada, melindrosa e ressentida por pequenos problemas, configurando um estado de incertezas fantasiosas nos raciocínios com flashes psicóticos pertubadores que oferecem campo mental propício a obsessões.
Fruto de imaturidade emocional, o ciúme é uma manifestação de carência afetiva, culpas, complexo de inferioridade e falta de autoconfiança adquiridos no processo educacional infantil, determinando larga ausência de gratificação com a vida. Ele pode definir depressões brandas ou severas, dependendo da reação de cada pessoa diante dos processos da existência. Pode também provocar a queda energética com variadas consequências para a saúde orgânica.
O ciúme provoca disputas silenciosas, desenvolve guerras mentais, nutre desejos personalistas, alimenta a inveja, estabelece incômodos íntimos com o êxito dos outros e impõe à sua vítima uma profunda revolta com os acontecimentos que lhe escapam o controle .
Costuma-se interpretar o ciúme como sinônimo de inveja. ele, porém, é a possibilidade que impede a partilha, cria o desrespeito e favorece o desequilíbrio, enquanto a inveja é o desejo efermiço de possuir valores alheios, sejam eles morais ou espirituais. O primeiro é a ausência do autoamor em razão do desconhecimento de seus próprios valores. O segundo é a atitude de apropriação indébita de algu´´em ou de algum bem.
Nós, que nos pautamos pelas lições do Espiritismo,deparamo-nos frequentemente com essa enfermidade costumeira nos relacionamentos entre companheiros da doutrina.
Como constata o notável codificador: "Compreende-se o ciúme entre pessoas que fazem concorrência umas às outras e podem ocasionar recíprocos prejuízos ateriais. Não havendo, porém, especulação, o ciúme só traz mesquinha rivalidade de amor-próprio." ( O Livro dos Médiuns, capítulo 29, item 349, Allan Kardec, Editora FEB.)
Nas relações entre espíritas, é injustificável permitir-lhe a influência multiplicadora de problemas e situações prejudiciais ao trabalho e o bem-estar dos grupos.
O personalismo que ainda nos consome é a raiz enfermiça e dinamizadora dos motivos pelos quais nos infectamos com semelhante vírus da alma.
Enredamo-nos facilmente em ciumeiras atormentadoras e desnecessárias, atirando-nos a provas voluntárias, porque ainda brigamos intimamente a necessidade excessiva de prestigio e reconhecimento.
Os cargos e a vaidade em asssociar nossos nomes a obras e benfeitorias doutrinárias são tantos outros motivos que alimentam a conduta das atitudes ciumentas, quando não somos bajulados pelo elogio diante dos rótulos transitórios.
O Espiritismo, a casa espírita e o movimento espírita não nos pertencem. Nada disso deveria ser causa de inveja e possessividade.
O sucesso dos companheiros de doutrina deveria nos alegrar, e a humildade em retirar lições de suas vitórias é o melhor caminho para aprender a alcançar seus passos bem-sucedios.
O ciúme é tão cruel que determinados trabalhadores da seara se sentem ameaçados de perder posições e ter suas realizações esquecidas diante das habilidades dos que realizam, com compet~encia e em pouco tempo, os ofícios que eles levaram anos de aprendizagem para executar.
Esse tipo de ciume é sutil porque nele a possessividade tenta reduzzir a capacidade alheia a uma condição inexpressiva, levantando pontos pessimistas que tentam impeir a sequencia das ações do bom tarefeiro no futuro.
Nesse processo, comparece a maledicência dos que observam as ações do bom trabalhador com evidente complexo de inferioridade, seguido de medidas tomadas em surdina para limitarseus êxitos diante da possibilidade de, amanhã, este bom seridor vir a tomar-lhes o espaço de serviço. Eis aqui a dupla milenar do apego e do ciúme patrocinando crises morais de personalismo.
Esse vírus da alma impõe dependência àqueles que ainda não conseguem caminhar sem escoras e guias, determinando relações com este ou aquele companheiro ou grupo de seu interesse visando a benefício mútuo. Nesse caso, passa a ser seu proprietário emocional, sentindo-se, infantilmente traido e melindrado quando seu objetivo de autonomia divide com outros as experiências da vida ou toma decisões com as quais não concorda e que ferem seus interesses. Mais uma vez aqui comparece o medo de perder, diga-se de passagem, algo que nãolhe pertence. Sintoma evidente da car~encia de afeto e do desejo de ser amado que se transmutou em um ordinário individualismo.
Na profundidde do psquismo de outras vidas estáa causa dessa dolorosa prova do medo das perdas. São culpas criminosas, núcleos de matéria mental em processo de expurgo pelas fibras do sistema emocional. Doença que exige muita devoção à autoeducação.
Os ciumentos de todos so níveis, desejosos de serem amados sem amar, demonstarm o espectro narcisista fugindo de assumir seu papel nas circunstâncias em quee são chamdos.
Aqueles que padecem da enfermidade matriz o ciúme deverão se internar no hospital da oração, do trabalho e do altruísmo. Medicações indispensáveis para drenar-lhes as impurezas e curar o campo afetivo.
O trabalho e o aprendizado que nos enriquece a existência devem nos bastar nesta etapa. Esses nos pertencem, são as conquistas que, de fato, traremos para a imortalidade.
Sejamos zelosos, mas sempaixões.
No grupo espírita, abandonemos os ressentimentos e as mágoas diante das expectativas não correspondidas naqules em quem depositamos excessiva confinça e respeito.
Que o clima nos serviços doutrinários seja de alegria diante dos êxitos alheio, sempre pensando em todos. temos o que merecemos por coonquista ou de que necessitamos por prova. Assim, para que invejar e ter ciúme?
Estar na obra do Cristo é uma benção da qual poderemos desfrutar quando e onde quisermos.
Sociedades espíritas fraternas são afetivas e, graças à riqueza de nobres emoções, seus discípulos são felizes e satisfatórios e não guardam frustrações que souberam superar por meio da reeducação e da amizade.
Esforço e desapego nos aguardam diante das infelizes comparações com o outro e façamos o melhor,cientes de que, se queremos tanto ser admirados pelos outros, nem imaginamos quantos são os que nos avaliam e aferem a nossa devoção na vida espiritual, contabilizando os créditos e débitos na rotina dos dias, amando-nos incondicionalmente, sem exigência de espécie algum, isso é o que importa!
Abdiquemos da tormenta voluntária do ciúme e amemos. Descubramos nossos valores porque "Para o invejoso e o ciúmento não há repouso; estão perpetuamente febricitantes."
Ermance Dufaux
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