Com esta carta aprendemos: sempre há uma saída, sempre há uma nova alternativa, sempre temos a opção de tomar outra atitude mediante a determinado problema ou situação. Aprendemos que temos que romper com a estagnação a qual nos encontramos no momento. aprendemos que devemos nos mover "pois não somos árvores para ficarmos parados".
Se a situação não está favorável, devemos orar, pedir orientação as esferas mais elevadas pedindo esclarecimento, discernimento e apoio em atitudes concretas para nosso próprio beneficio. E o principal, arregaçar as mangas e enfrentar a situação com otimismo e bom ânimo.
Trilhamos um caminho evolutivo, com provas e obstáculos que servem para nos aperfeiçoarmos em nossa caminhada evolutiva.
Abaixo transcrevo um trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo, que nos trás uma elucidação muito maior sobre este assunto:
Bem e mal sofrer
Quando o Cristo disse: “Bem-aventurados os aflitos, o reino dos
céus lhes pertence”, não se referia de modo geral aos que sofrem, visto
que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer
jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que
somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O
desânimo é uma falta.
Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um
apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé
viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca
fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como
a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a
recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para
isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente,
porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede,
pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se
enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos
enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos
amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que
num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém
firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral.
Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus
lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos
advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a
ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência,
da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa
satisfação: “Fui o mais forte.”
Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim:
Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua
perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão
centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor
virá o repouso. — Lacordaire. (Havre, 1863.)
Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 18.
Paz aos nossos corações, que assim seja!
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