Oxalá - Saudação: Oxalá Yê, meu Pai! Exê Babá! - Significado: O Sr. realiza! Obrigado Pai!
Logunã - Saudação: Olha o Tempo minha mãe! - Significado: Olha o Tempo minha mãe!
Oxum - Saudação: Ora Yê iê, ô! - Significado: Olha por nós, Mãezinha!
Oxumaré - Saudação: Arroboboi! - Significado: Senhor das Águas Supremas!
Obá - Saudação: Akirô Oba Yê! - Significado: Eu saúdo o seu Conhecimento Senhora da Terra!
Xangô - Kaô Kabecilê! - Significado: Permita-me vê-lo, Majestade!
Oro Iná - Saudação: Kali Yê, minha Mãe! - Significado: Salve a Senhora Negra! minha Mãe!
Ogum - Saudação: Ogum Yè, meu Pai! - Significado: Salve o Senhor da Guerra!
Iansã - Saudação: Eparrei, Iansã! - Significado: Salve o raio, Iansã!
Obaluaê - Saudação: Atotô, meu Pai! - Significado: Peço quietude, meu Pai!
Nanã Buruquê - Saudação: Saluba Nanã! - Significado: Salve a Mãe das águas Pantaneiras!
Iemanjá - Saudação: Adoci-yaba ou Odoiá, minha Mãe! - Significado: Salve a Senhora da Água!
Omolú - Atotô, meu Pai! ou Omolú Yê! - significado: Peço quietude meu Pai! Salve o Senhor Omolú!
Exu - Saudação: Laroyê(olhe por mim), Exu! Exu Omojubá - Significado: Vós sois grande, Exu! ou Eu me curvo a ti, vós sois poderoso, Exu!
Pombagira - Saudação: Salve a Senhora Pombagira! Pombariea saravá! - Significado: Salve a Senhora Pombagira! Pombagira saravá!
Exu Mirim - Saudação: Laroyê Exu Mirim! - Significado: Olhe por mim, Exu Mirim!
Pretos-velhos - Saudação: Adorê as almas!
Caboclos - Saudação: Okê Caboclo! - Significado: Dê seu brado, Caboclo!
Crianças - Saudação: Oni Veijada! - Significado: Salve os irmãos do altar!
Sereias - Saudação: Adoci-yaba!! - Significado: Salve as mães da água!
Baianos - Saudação: É da Bahia! ou Salve a Bahia, meu Pai!
Marinheiros- Saudação: Salve a Marujada! ou Salve o Povo do Mar
Boiadeiros - Saudação: Jetuá, Biadeiro! ou Marambá
Ciganos - Saudação: Salve o Povo do Oriente! ou Salve Santa Sara Kali!
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016
domingo, 27 de novembro de 2016
Reflexão para a noite
OS INFORTÚNIOS OCULTOS
Nas grandes calamidades, a caridade se agita, e vêem-se generosos impulsos para reparar os desastres. Mas, ao lado desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam desapercebidos, de pessoas que jazem num miserável catre, sem se queixarem. São esses os infortúnios discretos e ocultos, que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que venham pedir assistência.
Quem
é aquela senhora de ar distinto, de trajes simples mas bem cuidados,
seguida de uma jovem que também se veste modestamente? Entra numa casa
de aspecto miserável, onde sem dúvida é conhecida, pois à porta é
saudada com respeito. Para onde vai? Sobe até a água furtada: lá vive
uma mãe de família, rodeada pelos filhos pequenos. À sua chegada, a
alegria brilha naqueles rostos emagrecidos. É que ela vem acalmar todas
as suas dores. Traz o necessário, acompanhado de suaves e consoladoras
palavras, que fazem aceitar a ajuda sem constrangimentos, pois esses
infortunados não são profissionais de mendicância. O pai se encontra no
hospital, e durante esse tempo à mãe não pode suprir as necessidades.
Graças
a ela, essas pobres crianças não sofrerão nem frio nem fome; irão à
escola suficientemente agasalhados e no seio da mãe não faltará o leite
para os menorzinhos. Se uma entre elas adoece, não lhe repugnará
prestar-lhe os cuidados materiais. Dali seguirá para o hospital, levar
ao pai algum consolo e tranqüilizá-lo quanto à sorte da família. Na
esquina, uma carruagem a espera, verdadeiro depósito de tudo o que vai
levar aos protegidos, que visita sucessivamente. Não lhes pergunta pela
crença nem pelas opiniões, porque, para ela, todos os homens são irmãos e
filhos de Deus. Finda a visita, ela diz a si mesma: Comecei bem o meu
dia. Qual é o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes,
tem um nome que não revela a ninguém, mas é o anjo da consolação. E, à
noite, um concerto de bênçãos se eleva por ela ao Criador: católicos,
judeus, protestantes, todos a bendizem.
Por
que se veste tão simplesmente? Para não ferir a miséria com o seu luxo.
Por que se faz acompanhar da filha adolescente? Para lhe ensinar como
se deve praticar a beneficência. A filha também quer fazer a caridade,
mas a mãe lhe diz: “Que podes dar, minha filha, se nada tens de teu? Se
te entrego alguma coisa para dares aos outros, que mérito terás? Serei
eu, na verdade, quem farei a caridade, e tu quem terás o mérito? Isso
não é justo. Quando formos visitar os doentes, ajudar-me as a cuidar
deles, pois dar-lhes cuidados é dar alguma coisa. Isso não te parece
suficiente? Nada mais simples: aprende a fazer costuras úteis, e assim
confeccionarás roupinhas para essas crianças, podendo dar-lhes alguma
coisa de ti mesma”. É assim que esta mãe verdadeiramente cristã vai
formando sua filha das virtudes ensinadas pelo Cristo. É espírita? Que
importa?
Para o meio em que vive, é a mulher do mundo, pois sua posição o
exige; mas ignoram o que ela faz, mesmo porque não lhe interessa outra
aprovação que a de Deus e da sua própria consciência. Um dia, porém, uma
circunstância imprevista leva à sua casa uma de suas protegidas, para
lhe oferecer trabalhos manuais. “Psiu! — diz-lhe ela. Não contes a
ninguém!” Assim falava Jesus.
Extraído de O Evangelho segundo o Espiritismo, XIII,4
ORAÇÃO DOMINICAL
[...]
2 – Prefácio – Os Espíritos recomendaram que abríssemos esta coletânea com a Oração Dominical, não somente como prece, mas também como símbolo. De todas as preces, é a que eles consideram em primeiro lugar, seja porque nos vem do próprio Jesus (Mateus, VI: 9-13), seja porque ela pode substituir todas as outras, conforme a intenção que se lhe atribua. É o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade, na sua simplicidade. Com efeito, sob a forma mais reduzida, ela consegue resumir todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo. Encerra ainda uma profissão de fé, um ato de adoração e submissão, o pedido das coisas necessárias à vida terrena e o princípio da caridade. Dizê-la em intenção de alguém, é pedir para outro o que desejamos para nós mesmos.
Entretanto,
em razão mesmo da sua brevidade, o sentido profundo que algumas das
suas palavras encerram escapa à maioria. Isso porque geralmente a
proferem sem pensar no sentido de cada uma de suas frases. Proferem-na
como uma fórmula, cuja eficácia é proporcional ao número de vezes que
for repetida. Esse número é quase sempre cabalístico: o três, o sete ou o
nove, em virtude da antiga crença supersticiosa no poder dos números, e
do seu uso nas práticas de magia.
Para
preencher o vazio que a concisão desta prece nos deixa ajuntamos a cada
uma de suas proposições, segundo o conselho e com a assistência dos
Bons Espíritos, um comentário que lhes esclarece o sentido e as
aplicações. De acordo comas circunstâncias e o tempo de que se disponha,
pode-se pois dizer a Oração Dominical em sua forma simples ou
desenvolvida.
3. I – Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome!
Cremos
em vós, Senhor, porque tudo nos revela o vosso poder e a vossa bondade.
A harmonia do Universo e a prova de uma sabedoria, de uma prudência, e
de previdência que ultrapassam todas as faculdades humanas. O nome de um
Ser soberamente grande e sábio está inscrito em todas as obras da
criação, desde a relva humilde e do menor inseto, até os astros que
movem no espaço. Por toda parte, vemos a prova de uma solicitude
paternal. Cego, pois, é aquele que não vos glorifica nas vossas obras,
orgulhoso aquele que não vos louva, e ingrato àquele que não vos rende
graças.
II – Venha a nós o vosso Reino!
Senhor,
destes aos homens leis plenas de sabedoria, que os fariam felizes, se
eles as observassem. Com essas leis, poderiam estabelecer a paz e a
justiça, e poderiam ajudar-se mutuamente, em vez de mutuamente se
prejudicarem, como o fazem. O forte ampararia o fraco, em vez de
esmagá-lo. Evitados seriam os males que nascem dos abusos e dos excessos
de toda espécie. Toda as misérias deste mundo decorrem da violação das
vossas leis, porque não há uma única infração que não traga suas
conseqüências fatais.
Destes
ao animal o instinto que lhe traça os limites do necessário, e ele
naturalmente se conforma com isso. Mas ao homem, além do instinto,
destes a inteligência e a razão. E lhe destes ainda a liberdade de
observar ou violar aquelas das vossas leis que pessoalmente lhe
concernem, ou seja, a faculdade de escolher entre o bem e o mal, para
que ele tenha o mérito e a responsabilidade dos seus atos.
Ninguém
pode pretextar ignorância das vossas leis, porque, na vossa paternal
providência, quisestes que elas fossem gravadas na consciência de cada
um, sem nenhuma distinção de cultos ou de nacionalidades. Assim, aqueles
que as violam, é porque vos desprezam.
Chegará
o dia em que, segundo a vossa promessa, todos as praticarão. Então a
incredulidade terá desaparecido, todos vos reconhecerão como o Soberano
Senhor de todas as coisas, e primado de vossas leis estabelecerá o vosso Reino na Terra.
Dignai-vos, Senhor, de apressar o seu advento, dando aos homens a luz necessária para se conduzirem no caminho da verdade!
III – Seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no céu!
Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para como superior, quanto maior não será a da criatura para com seu
Criador! Fazer a vossa vontade, Senhor, é observar as vossas leis e
submeter-se sem lamentações aos vossos desígnios divinos. O homem se
tornará submisso, quando compreender que sois a fonte de toda a
sabedoria, e que sem vós ele nada pode. Fará então a vossa vontade na
Terra, como os eleitos a fazem no céu.
IV – O pão nosso, de cada dia, dai-nos hoje!
Dai-nos
o alimento necessário à manutenção das forças físicas, e dai-nos também
o alimento espiritual, para o desenvolvimento do nosso espírito.
O
animal encontra a sua pastagem, mas o homem deve o seu alimento à sua
própria atividade e aos recursos da sua inteligência, porque o criastes
livre.
Vós
lhe dissestes: “Amassarás o teu pão com o suor do teu rosto”, e com
isso fizestes do trabalho uma obrigação, que o leva a exercitar a sua
inteligência na procura dos meios de prover às suas necessidades e
atender ao seu bem estar: uns pelo trabalho material, outros pelo
trabalho intelectual. Sem o trabalho, ele permaneceria estacionário e
não poderia aspirar à felicidade dos Espíritos Superiores.
Assistis
ao homem de boa vontade, que em vós confia para o necessário, mas não
aquele que se compraz na ociosidade e gostaria de tudo obter sem
esforço, nem ao que busca o supérfluo. (Cap. XXV)
Quantos
há que sucumbem por sua própria culpa, pela sua incúria, pela sua
imprevidência ou pela sua ambição, por não terem querido contentar-se
com que lhes destes! São esses os artífices do próprio infortúnio, e não
tem o direito de queixar-se, pois são punidos naquilo mesmo em que
pecaram. Mas mesmo a eles não abandonais, porque sois infinitamente
misericordioso, e lhes estendeis a mão providencial, desde que, como
filho pródigo, retornem sinceramente para vós. (Cap.V, nº 4).
Antes
de nos lamentarmos de nossa sorte, perguntemos se ela é a nossa própria
obra; a cada desgraça que nos atinja, verifiquemos se não poderíamos
tê-la evitados; repitamos a nós mesmos que Deus nos deu a inteligência
para sairmos do atoleiro, e que de nós depende aplicá-la bem.
Desde
que a lei do trabalho condiciona a vida do homem na Terra, dai-nos a
coragem e a força de cumpri-la; dai-nos também a prudência e a
moderação, a fim de não pormos a perder os seus frutos.
Dai-nos
pois, Senhor, o pão nosso de cada dia, ou seja, os meios de adquirir
pelo trabalho as coisas necessárias, pois ninguém tem o direito de
reclamar o supérfluo.
Se estivemos impossibilitados de trabalhar, que confiemos na vossa divina providência.
Se
estiver nos Vossos desígnios provar-nos com as mais duras privações,
não obstante os nossos esforços, aceitamo-lo como uma justa expiação das
faltas que tivermos podido cometer nesta vida ou numa vida anterior,
porque sabemos que sois justo, e que não há penas imerecidas, pois
jamais castigais sem causa.
Preservai-nos,
ó Senhor, de conceber a inveja contra os que possuem aquilo que não
temos, ou mesmo contra os que dispõem do supérfluo, quando nos falta o
necessário. Perdoai-lhes, se esquecem à lei de caridade e de amor ao
próximo, que ensinastes. (Cap. XVI, nº 8)
Afastai
ainda do nosso espírito a idéia de negar a vossa justiça, ao ver a
prosperidade do mal e a infelicidade que abate às vezes o homem de bem.
Pois já sabemos, graças às novas luzes que ainda nos destes, que a vossa
justiça sempre se cumpre e não faz exceção de ninguém; que a
prosperidade material do maldoso é tão efêmera como a sua existência
corporal, acarretando-lhe terríveis revezes, enquanto será eterno o
júbio daquele que sofre com resignação. (Cap. V, nº 7, 9, 12 e 18).
V – Perdoai
as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos que nos devem.
Perdoai-nos as ofensas como nós perdoamos aos que nos ofenderam.
Cada
uma das nossas infrações às vossas leis, Senhor, é uma ofensa que vos
fazemos, e uma dívida contraída, que cedo ou tarde teremos de pagar.
Solicitamos à vossa infinita misericórdia a sua remissão, sob a promessa
de empregarmos os nossos esforços em não contrair outras.
Fizestes
da caridade, para todos nós, uma lei expressa; mas a caridade não
consiste unicamente em assistirmos os nossos semelhantes nas suas
necessidades, pois consiste ainda no esquecimento e no perdão das
ofensas. Com que direito reclamaríamos a vossa indulgência, se faltamos
com ela para aqueles de que nos queixamos?
Dai-nos, Senhor, a força de sufocar em nosso íntimo todo ressentimento, todo ódio e todo rancor. Fazei que a morte não nos surpreenda com nenhum desejo de vingança no coração.
Se vos aprouver retirar-nos hoje mesmo deste mundo, fazei que possamos
nos apresentar a vós inteiramente limpos de animosidade, a exemplo do
Cristo, cujas últimas palavras foram em favor dos seus algozes. (Cap. X).
As
perseguições que os maus nos fazem sofrer são parte das nossas provas
terrenas; devemos aceitá-las sem murmurar, como todas as outras provas,
sem maldizer os que, com as suas perversidades, nos abrem o caminho da
felicidade eterna, pois vós nos dissestes, nas palavras de Jesus:
“Bem-aventurados os que sofrem pela justiça!”. Abençoemos, pois, a mão
que nos fere e nos humilha, porque as mortificações do corpo nos
fortalecem a alma, e seremos levantados da nossa humildade. (Cap. XII, nº 4).
Bendito
seja o vosso nome, Senhor, por nos haverdes ensinado que a nossa sorte
não está irrevogavelmente fixada após a morte; que encontraremos, em
outras existências, os meios de resgatar e reparar as nossas faltas
passadas, e de realizar numa nova vida aquilo que nesta não pudemos
fazer, para o nosso adiantamento. (Cap. IV; cap. V, nº 5).
Assim
se explicam, enfim, todas as aparentes anomalias da vida: a luz é
lançada sobre o nosso passado e o nosso futuro, como um sinal
resplendente da vossa soberana justiça e da vossa infinita bondade.
VI – Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal (1)
Dai-nos,
Senhor, a força de resistir às sugestões dos maus Espíritos, que
tentarão desviar-nos da senda do bem, inspirando-nos maus pensamentos.
Mas
nós somos, nós mesmos, Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para
expiar nossas faltas e nos melhorarmos. A causa do mal está em nós
próprios, e os maus Espíritos apenas se aproveitam de nossas tendências
viciosas, nas quais nos entretêm, para nos tentarem.
Cada
imperfeição é uma porta aberta às suas influências, enquanto eles são
impotentes e renunciam a qualquer tentativa contra os seres perfeitos.
Tudo o que possamos fazer para afastá-los será inútil, se não lhes
opusermos uma vontade inquebrantável na prática do bem, com absoluta
renúncia ao mal. É, pois, contra nós mesmos que devemos dirigir os
nossos esforços, e então os maus Espíritos se afastarão naturalmente,
porque o mal é o que os atrai, enquanto o bem os repele. (Ver adiante: Preces pelos obsedados)
Senhor,
amparai-nos em nossa fraqueza, inspirai-nos, pela voz dos nossos anjos
guardiões e dos Bons Espíritos, à vontade de corrigirmos as nossas
imperfeições, a fim de fecharmos a nossa alma ao acesso dos Espíritos
impuros. (Ver adiante: nº 11)
O
mal não é portanto, vossa obra, Senhor, porque a fonte de todo o bem
não pode engenhar nenhum mal. Somos nós mesmos que o criamos, ao
infringir as vossas leis, e pelo mau uso que fazemos da liberdade que
nos concedestes. Quando os homens observarem as vossas leis, o mal
desaparecerá da Terra, como já desapareceu dos mundos mais adiantados.
Não
existe para ninguém a fatalidade do mal, que só parece irresistível
para aqueles que nele se comprazem. Se tivermos vontade de fazê-lo,
também poderemos ter a de fazer o bem. E é por isso, ó Senhor, que
solicitamos a vossa assistência e a dos Bons Espíritos, para resistirmos
à tentação.
VII – Assim seja!
Que
vos apraza, Senhor, a realização dos nossos desejos! Inclinamo-nos,
porém, diante da vossa infinita sabedoria. Em todas as coisas que não
nos é dado compreender,que sejam feitas segundo a vossa santa vontade e
não segundo a nossa, porque vós só quereis o nosso bem, e sabeis melhor
do que nós o que nos convém.
Nós
vos dirigimos esta prece, Senhor, por nós mesmos, mas também por todas
as criaturas sofredoras, encarnadas e desencarnadas, por nossos amigos e
por nossos inimigos, por todos os que reclamam a nossa assistência, e
em particular por Fulano. Suplicamos para todos a vossa misericórdia e a vossa benção. (NOTA:
Aqui podem ser feitos os agradecimentos a Deus pelas graças concedidas,
e formulados os pedidos que se queiram, para si mesmo e para os outros –
Ver adiante: preces nº 26 e 27).
Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, coletânea de preces espíritas.
sábado, 26 de novembro de 2016
Vitória sobre o ciúme
"Para o invejoso e o ciumento não há
repouso: estão sempre excitados pelo
desejo: O que eles não tem causa-lhes insônia."
Fénelon, Lião,1860
O Evangelho Segundo o Espiritismo,
capítulo 5, item 23.
Cada instante que nos distanciamos das leis naturais da vida damos um passo para a enfermidade. A doença é o resultado de um processo..
O ciúme é o reflexo do afeto perturbado pelo instinto de posse e quando cultivado em séculos de renitência no amor-próprio, fatalmente vai desarticular o campo mental, adoecendo-o com quadros de insegurança e medo, culminando em diversas doenças que lotam hospitais no mundo inteiro.
Quase sempre, por trás deste vício afetivo, vamos encontrar o receio das perdas a limitar corações emocionalmente imaturos nas tormentas da mágoa e da cautela excessiva. Diante do medo da perda a pessoa torna-se apegada, melindrosa e ressentida por pequenos problemas, configurando um estado de incertezas fantasiosas nos raciocínios com flashes psicóticos pertubadores que oferecem campo mental propício a obsessões.
Fruto de imaturidade emocional, o ciúme é uma manifestação de carência afetiva, culpas, complexo de inferioridade e falta de autoconfiança adquiridos no processo educacional infantil, determinando larga ausência de gratificação com a vida. Ele pode definir depressões brandas ou severas, dependendo da reação de cada pessoa diante dos processos da existência. Pode também provocar a queda energética com variadas consequências para a saúde orgânica.
O ciúme provoca disputas silenciosas, desenvolve guerras mentais, nutre desejos personalistas, alimenta a inveja, estabelece incômodos íntimos com o êxito dos outros e impõe à sua vítima uma profunda revolta com os acontecimentos que lhe escapam o controle .
Costuma-se interpretar o ciúme como sinônimo de inveja. ele, porém, é a possibilidade que impede a partilha, cria o desrespeito e favorece o desequilíbrio, enquanto a inveja é o desejo efermiço de possuir valores alheios, sejam eles morais ou espirituais. O primeiro é a ausência do autoamor em razão do desconhecimento de seus próprios valores. O segundo é a atitude de apropriação indébita de algu´´em ou de algum bem.
Nós, que nos pautamos pelas lições do Espiritismo,deparamo-nos frequentemente com essa enfermidade costumeira nos relacionamentos entre companheiros da doutrina.
Como constata o notável codificador: "Compreende-se o ciúme entre pessoas que fazem concorrência umas às outras e podem ocasionar recíprocos prejuízos ateriais. Não havendo, porém, especulação, o ciúme só traz mesquinha rivalidade de amor-próprio." ( O Livro dos Médiuns, capítulo 29, item 349, Allan Kardec, Editora FEB.)
Nas relações entre espíritas, é injustificável permitir-lhe a influência multiplicadora de problemas e situações prejudiciais ao trabalho e o bem-estar dos grupos.
O personalismo que ainda nos consome é a raiz enfermiça e dinamizadora dos motivos pelos quais nos infectamos com semelhante vírus da alma.
Enredamo-nos facilmente em ciumeiras atormentadoras e desnecessárias, atirando-nos a provas voluntárias, porque ainda brigamos intimamente a necessidade excessiva de prestigio e reconhecimento.
Os cargos e a vaidade em asssociar nossos nomes a obras e benfeitorias doutrinárias são tantos outros motivos que alimentam a conduta das atitudes ciumentas, quando não somos bajulados pelo elogio diante dos rótulos transitórios.
O Espiritismo, a casa espírita e o movimento espírita não nos pertencem. Nada disso deveria ser causa de inveja e possessividade.
O sucesso dos companheiros de doutrina deveria nos alegrar, e a humildade em retirar lições de suas vitórias é o melhor caminho para aprender a alcançar seus passos bem-sucedios.
O ciúme é tão cruel que determinados trabalhadores da seara se sentem ameaçados de perder posições e ter suas realizações esquecidas diante das habilidades dos que realizam, com compet~encia e em pouco tempo, os ofícios que eles levaram anos de aprendizagem para executar.
Esse tipo de ciume é sutil porque nele a possessividade tenta reduzzir a capacidade alheia a uma condição inexpressiva, levantando pontos pessimistas que tentam impeir a sequencia das ações do bom tarefeiro no futuro.
Nesse processo, comparece a maledicência dos que observam as ações do bom trabalhador com evidente complexo de inferioridade, seguido de medidas tomadas em surdina para limitarseus êxitos diante da possibilidade de, amanhã, este bom seridor vir a tomar-lhes o espaço de serviço. Eis aqui a dupla milenar do apego e do ciúme patrocinando crises morais de personalismo.
Esse vírus da alma impõe dependência àqueles que ainda não conseguem caminhar sem escoras e guias, determinando relações com este ou aquele companheiro ou grupo de seu interesse visando a benefício mútuo. Nesse caso, passa a ser seu proprietário emocional, sentindo-se, infantilmente traido e melindrado quando seu objetivo de autonomia divide com outros as experiências da vida ou toma decisões com as quais não concorda e que ferem seus interesses. Mais uma vez aqui comparece o medo de perder, diga-se de passagem, algo que nãolhe pertence. Sintoma evidente da car~encia de afeto e do desejo de ser amado que se transmutou em um ordinário individualismo.
Na profundidde do psquismo de outras vidas estáa causa dessa dolorosa prova do medo das perdas. São culpas criminosas, núcleos de matéria mental em processo de expurgo pelas fibras do sistema emocional. Doença que exige muita devoção à autoeducação.
Os ciumentos de todos so níveis, desejosos de serem amados sem amar, demonstarm o espectro narcisista fugindo de assumir seu papel nas circunstâncias em quee são chamdos.
Aqueles que padecem da enfermidade matriz o ciúme deverão se internar no hospital da oração, do trabalho e do altruísmo. Medicações indispensáveis para drenar-lhes as impurezas e curar o campo afetivo.
O trabalho e o aprendizado que nos enriquece a existência devem nos bastar nesta etapa. Esses nos pertencem, são as conquistas que, de fato, traremos para a imortalidade.
Sejamos zelosos, mas sempaixões.
No grupo espírita, abandonemos os ressentimentos e as mágoas diante das expectativas não correspondidas naqules em quem depositamos excessiva confinça e respeito.
Que o clima nos serviços doutrinários seja de alegria diante dos êxitos alheio, sempre pensando em todos. temos o que merecemos por coonquista ou de que necessitamos por prova. Assim, para que invejar e ter ciúme?
Estar na obra do Cristo é uma benção da qual poderemos desfrutar quando e onde quisermos.
Sociedades espíritas fraternas são afetivas e, graças à riqueza de nobres emoções, seus discípulos são felizes e satisfatórios e não guardam frustrações que souberam superar por meio da reeducação e da amizade.
Esforço e desapego nos aguardam diante das infelizes comparações com o outro e façamos o melhor,cientes de que, se queremos tanto ser admirados pelos outros, nem imaginamos quantos são os que nos avaliam e aferem a nossa devoção na vida espiritual, contabilizando os créditos e débitos na rotina dos dias, amando-nos incondicionalmente, sem exigência de espécie algum, isso é o que importa!
Abdiquemos da tormenta voluntária do ciúme e amemos. Descubramos nossos valores porque "Para o invejoso e o ciúmento não há repouso; estão perpetuamente febricitantes."
Ermance Dufaux
A PRIMEIRA TENDA DE UMBANDA
Residência de Zélio de Moraes, a primeira
sede da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, na Rua Floriano Peixoto
n° 30, Neves, São Gonçalo.
A
manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, ocorrida na Federação
Espírita de Niterói em 15 de novembro de 1908 e a fundação, no dia
seguinte, da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, na Rua Floriano
Peixoto n° 30 (Neves, São Gonçalo - residência de Zélio de Moraes)
constituem o marco fundador da Umbanda.
Tal fato reflete-se na vasta literatura dedicada à
Umbanda, presente em livros, revistas, páginas da internet, em trabalhos
acadêmicos (artigos, dissertações e teses). Observa-se também, pelo
reconhecimento oficial do poder público, desde as diversas homenagens
prestadas por Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas à figura de
Zélio de Moraes até a promulgação por parte da Presidência da República
da Lei 12.644 de 17 de maio de 2012 que institui a data de 15 de
novembro como o Dia Nacional da Umbanda, a ser comemorado anualmente em
todo o país
Imagem do Chefe - o Caboclo das Sete Encruzilhadas, fundador Umbanda e da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
No dia 15 de
novembro de 1908, em uma Sessão da Federação Espírita do Rio de Janeiro à
qual o jovem Zélio de Moraes (na época com 17 anos) havia sido levado
devido a um grave problema de saúde que os médicos não conseguiam curar,
manifestou-se pela primeira vez o Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Iniciada a
Sessão, começaram a se manifestar diversos espíritos de negros escravos e
indígenas nos médiuns presentes, sendo esses espíritos convidados a se
retirar pelo dirigente José de Souza (Zeca) que os julgava atrasados sob
o ponto de vista espiritual, cultural e moral. Foi então que o Caboclo
das Sete Encruzilhadas, enviado nesta missão por Santo Agostinho,
proferiu um discurso de defesa das entidades que ali estavam
presentes uma vez que estavam sendo discriminadas pela diferença de cor e
classe social, características dos espíritos enquanto encarnados
vivendo sob os desígnios da sociedade terrena.
A Guia dos Pretos ou Guia de Pai Antônio,
ditada por Pai Antônio, esta Guia é utilizada por todos os membros do
corpo mediúnico da Tenda da Piedade
Os dirigentes da
reunião espírita tentaram afastar o próprio Caboclo das Sete
Encruzilhadas, quando então este avisou que, se não havia espaço ali
para manifestação dos espíritos de negros e índios considerados
atrasados, seria fundado por ele mesmo, na noite seguinte, na casa de
Zélio, um novo culto onde tais entidades poderiam exercer a missão da
caridade. Perguntado sobre se alguém iria participar deste culto, veio a
resposta: "Botarei no cume de cada montanha que circula Neves, uma
trombeta tocando, anunciando a presença de uma Tenda Espírita onde o
Preto e o Caboclo possam trabalhar".
Às 20 horas do
dia seguinte, em 16 de novembro de 1908, em meio a uma pequena multidão
de amigos, parentes, curiosos e kardecistas presentes na Sessão do dia
anterior, apresentou-se novamente o Caboclo das Sete
Encruzilhadas, declarando que se iniciava a partir de então um novo
culto espírita no qual Pretos Velhos e Caboclos poderiam trabalhar.
Determinou que a
humildade visando a prática da caridade seria a característica
principal do culto; que este teria como base o Evangelho Cristão e como
mestre maior Jesus; que o uniforme utilizado pelos médiuns deveria ser
branco; que todos os atendimentos seriam gratuitos, fundando, então,
a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, destinada a abraçar a todos
os necessitados, assim como Maria abraçou o Cristo.
Os pés descalços e a roupa branca são, até hoje, utilizados pelos trabalhadores da casa, conforme as determinações do Chefe.
Seguindo as
determinações do Chefe, modo como carinhosamente chamamos até hoje o
Caboclo das Sete Encruzilhadas, e outras Entidades que posteriormente se
apresentaram por intermédio de Zélio de Moraes, sobretudo Pai Antônio
(Preto Velho) e Orixá Malet, constituiu-se o rito umbandista tal como
mais de cem anos depois é ainda praticado na Tenda Espírita Nossa
Senhora da Piedade, agora situada no município de Cachoeiras do Macacu,
Estado do Rio de Janeiro.
Considerada a
diversidade das práticas umbandistas atualmente observadas, em grande
medida marcadas por diversos graus de sincretismo com outras práticas
religiosas (sobretudo o candomblé), percebe-se com clareza que o ritual
que ainda hoje é realizado na Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade
guarda a matriz originalmente estabelecida a partir da dissidência
formalizada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas com relação à prática do
espiritismo kardecista.
Nesse sentido, justifica-se sua designação, conforme dizia o próprio Zélio de Moraes, como espiritismo de umbanda,
ou seja, uma prática fundamentada na incorporação mediúnica de
Entidades, estabelecida doutrinariamente a partir das explicações
emanadas pelos próprios espíritos tal qual organizado por Kardec em
obras como O Evangelho segundo o Espiritismo, O Livro dos Espíritos, O
Livro dos Médiuns e A Gênese, com ritual diferenciado quando comparado
ao realizado no âmbito das diversas Federações Espiritas Kardecistas.
Assim sendo, não
são observadas práticas comuns em outras agremiações umbandistas, tais
como o uso de atabaques, palmas, danças ou Sessões dirigidas por Exus.
Por outro lado, durante os trabalhos são firmados no chão os Pontos
Riscados com giz de pemba, velas, flores e bebidas específicas de cada
uma das Linhas de trabalho, ecoando no ambiente as vozes dos presentes
os Pontos Cantados: características inconfundíveis da Umbanda.
Tendo concluído a
estruturação inicial da Umbanda, o Caboclo das Sete
Encruzilhadas determinou a fundação de outras sete Tendas, criadas a
partir do corpo mediúnico da Tenda da Piedade, e da Federação
Espiritista de Umbanda, atualmente designada por União Espiritista de
Umbanda do Brasil (UEUB). Assim, passaram a existir com a função de
difundir os ensinamentos do Chefe, praticando a humildade e a caridade,
as seguintes Tendas: (1918) Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição,
(1927) Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia, (1933) Tenda Espírita Santa
Bárbara, (1935) Tenda Espírita São Pedro, Tenda Espírita São Jorge,
Tenda Espírita São Jerônimo e (1939) Tenda Espírita Oxalá, algumas delas
ainda hoje em funcionamento.
A partir da
década de 1940 iniciaram-se as atividades da Tenda Espírita Nossa
Senhora da Piedade na cidade do Rio de Janeiro, passando por vários
endereços (Rua Teófilo Ottoni, Rua Borja Castro e Rua Dom Gerardo foram
os locais que por mais tempo a abrigaram). Curiosamente, todas as sedes
anteriores, inclusive a primeira, pelas quais a Tenda da Piedade já
passou foram demolidas.
Ao final da
década de 1960, com o afastamento de Zélio de Moraes da direção em razão
de sua idade avançada, os trabalhos da Tenda Espírita Nossa Senhora da
Piedade foram continuados conforme as determinações do Chefe e das
Entidades responsáveis sob a liderança de seus descendentes diretos,
primeiramente as filhas Zélia de Moraes Lacerda seguida de Zilméa Moraes
da Cunha. Atualmente, a Tenda é dirigida por Lygia Maria Marinho da
Cunha (neta de Zélio de Moraes, filha de Zilméa), apoiada por seus
filhos (bisnetos de Zélio) Marcelo Cunha dos Santos e Leonardo Cunha dos
Santos (que atualmente ocupa o cargo de Vice-Presidente da TENSP).
Pedras e Minérios dos Orixás na Umbanda
As pedras e os minerais funcionam como irradiadores e condensadores de energias e ondas que podem ser direcionadas a alguém ou a algum lugar mentalmente. As pedras possuem vibrações próprias e trazem para o Templo ou Ambiente de Trabalhos as forças dos locais de onde foram retiradas.
Linha Cristalina ou da Fé:
Oxalá - Pedra: Quartzo transparente - Minério: Ouro
Logunã - Pedra: Quartzo fumê rutilado - Minério: Estanho
Linha Mineral ou do Amor
Oxum - Pedra: Ametista - Minério: Cobre
Oxumaré - Pedra: Opala - Minério: Antimônio
Linha Vegetal ou do Conhecimento
Oxóssi - Pedra: Esmeralda Amazonita - Minério: Manganês, Madeira Petrificada
Obá - Pedra: Calcedônia, Madeira petrificada - Mineral: Hematita
Linha Ígnea ou da Justiça
Xangô - Pedra: Pedra-do-sol, topázio imperial - Minério: Pirita
Oro Iná - Pedra: Topázio imperial, ágata de fofo - Minério: Magnetita
Linha Eólica ou da Lei
Ogum - Pedra: Rubi, Granada, Sodalita - Minério: Ferro
Iansã - Pedra: Citrino - Mineral: Níquel
Linha Telúrica ou da Evolução
Obaluaê - Pedra: Turmalina, Obsidiana - Mineral: Cassiterita
Nanã - Pedra: Rubelita, Safira - Mineral: Prata
Linha Aquática ou da Evolução
Iemanjá - Pedra: Diamante, Água-marinha, Minério: Platina
Omolu - Pedra: Ônix preto - Minério: Molibdenita
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